Como funciona?
O bioconcreto trata-se de uma inovação desenvolvida com o objetivo de melhorar a resistência à tração e as propriedades ecológicas do concreto, trazendo um alto potencial sustentável para o cenário da construção civil. Este atua reduzindo as emissões de carbono no processo de produção, visto que 7% das emissões de dióxido de carbono no mundo são ocasionadas pela fabricação de cimento e gerando também a diminuição de custos.
O material foi descoberto por dois pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, sendo apelidado de “concreto vivo”. Em sua composição o bioconcreto apresenta o concreto tradicional e mais 2 aditivos: os esporos do bacillus pseudofirmus, que tem o poder de auto regeneração e nutrientes de lactato de cálcio.
As bactérias trabalham de modo que quando detectassem presença de umidade no ambiente, a partir de fissuras e rachaduras, deixassem de ser endósporos, e passassem a agir ativamente sendo capaz de realizar a digestão de substâncias (como o lactato de cálcio e o oxigênio disponível) gerando como produto o calcário que irá reparar o espaço aberto das fissuras.
Fonte da imagem: meioinfo.eco.br
Vantagens
As principais vantagens do uso do bioconcreto é oferecer uma maior vida útil das construções, visto que a bactéria possui uma vida de 200 anos em média. Tal característica reduz os valores de manutenção, além de reduzir a emissão de dióxido de carbono na produção de novos materiais para a construção civil.
Desafios
Os principais desafios que o bioconcreto enfrenta giram em torno de seu elevado custo, não sendo sempre viável financeiramente. O valor de um concreto com tal tecnologia pode chegar a ser duas vezes maior que um concreto convencional. O preço elevado é causado pela substância que alimenta as bactérias responsáveis pela regeneração, o lactato de cálcio. Visando tornar o material mais viável economicamente, os pesquisadores procuram encontrar outras substâncias que substituam o alimento atual, como por exemplo, materiais à base de açúcar.
Referências
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